As apresentações artísticas no Moulin Rouge

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O Moulin Rouge suscitou inúmeras interpretações artísticas. Sua arquitetura foi fotografada por milhares de turistas que percorreram o 18º arrondissement (distrito) de Paris, confirmando finalmente o sucesso do local. Desde sua criação, o cabaré foi um tema bastante apreciado pelos artistas que representavam a vida que lá se desenrolava. Em uma época em que a fotografia estava começando, os cartazes que faziam a divulgação dos espetáculos eram apreciados como verdadeiras obras de arte difundidas mundo afora, contribuindo para sua reputação internacional.

Os cartazes do Moulin Rouge

Jules Chéret (1836–1938) e Henri de Toulouse-Lautrec são dois artistas famosos por suas produções encomendadas pelo Moulin Rouge. Pintor pós-impressionista e litógrafo de silhueta atípica, Toulouse-Lautrec criou cartazes que continuam sendo publicados especialmente para os nostálgicos dessa época boêmia. Entre os mais célebres, podemos citar o cartaz que fazia a difusão do French Cancan com um retrato da célebre dançarina conhecida pelo nome de La Goulue. Ele também pintou quadros que representavam a vida em torno do moinho, e que além de seu interesse estético, documentam o cotidiano do cabaré.

O Moulin Rouge e a 7ª arte

Dentre os longas-metragens que tiveram como tema principal o Moulin Rouge, podemos citar Moulin Rouge (2001) de Baz Luhrmann com Nicole Kidman e Ewan McGregor nos papéis principais. Esta comédia musical retoma os primeiros momentos do cabaré em uma Paris boêmia e glamorosa, tendo antigas canções como fundo sonoro.

Outro filme intitulado Moulin Rouge (1952) retraçou a vida do pintor Henri de Toulouse-Lautrec cuja obra está diretamente ligada ao local.

Mais recentemente, o filme de Woody Allen dedicado à capital, Minuit à Paris (Meia-noite em Paris), tem uma cena na qual seu protagonista, interpretado por Owen Wilson, visita o Moulin Rouge nos anos 20.

E como não citar a obra de Jean Renoir, French Cancan, realizada em 1954? O segundo filho de Auguste Renoir, que pintou a vida de Montmartre, imaginou a história da criação de um Moulin Rouge por um certo Henri Danglard, interpretado por Jean Gabin.

Cantar o Moulin Rouge

Não podemos esquecer os versos “Moulin des amours tu tournes tes ailes; au ciel des beaux jours, moulin des amours” (Moinho dos amores, você gira suas asas; no céu de belos dias, moinho dos amores) da canção Moulin Rouge de Juliette Gréco. 

A reputação do Moulin Rouge não termina por aí. O cabaré, fundado em 1889, atravessou a história, apesar do incêndio que o destruiu em 1915. Ele continua a inspirar os artistas, sejam eles pintores ou cantores. Ícone da capital francesa e atração turística imperdível para os visitantes de Paris, o Moulin Rouge continua a ser uma referência artística.

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